Muito além das expectativas - Resenha crítica - Carlos Busch
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Muito além das expectativas - resenha crítica

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Carreira & Negócios

Este microbook é uma resenha crítica da obra: 

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 978-65-5544-127-7

Editora: Gente

Resenha crítica

O ótimo é melhor que o bom

A espécie humana passou por muitas transformações para chegar até aqui. O crânio cresceu ao longo da evolução e o cérebro passou a ser responsável pela maior parte do consumo de energia do corpo. Isso faz com que o cérebro nos leve sempre pelo caminho que consome menos energia. Só que muita gente se resume ao sistema biológico do corpo, entregando apenas o trivial.

Outros são os com “perfil fora da média”, que encaram a própria configuração biológica para entregar um comportamento e uma cultura diferentes. As pessoas com esse perfil se destacam em relação a maior parte da população. São os protagonistas da sociedade. Isso vai desde o dono do melhor hortifruti do seu bairro até Martin Luther King.

A semelhança entre os fora da média que movem a sociedade está no fato de serem inconformados. Esses são contrastados pelos conformados, que seguem apenas o status quo. Você pode aceitar o mundo como ele é ou lutar para se diferenciar e fugir da média. O ótimo é sempre a melhor opção.

As dificuldades podem se tornar oportunidades

Para o autor, desafios podem criar o contexto para a criação de grandes invenções. Mesmo em cenários extremos, como as guerras. A fita adesiva, por exemplo, foi criada para vedar as caixas de munições dos soldados norte-americanos na Segunda Guerra. 

Os chocolates M&M’s têm uma origem similar, inovando com uma camada de açúcar que impedia o calor de derreter seu conteúdo e permitindo que fossem consumidos pelos soldados da Guerra Civil Espanhola. O absorvente íntimo também surgiu em um contexto de guerra, quando as enfermeiras da Cruz Vermelha perceberam que o material de enchimento para curativos também serviria para higiene íntima.

Só que isso passa por encarar a transformação e não seguir o caminho das empresas que a ignoraram. A Blockbuster, por exemplo, não achou nada promissora a ideia de comprar a então pequena empresa Netflix quando esta foi oferecida para a gigante do aluguel de filmes. Mais tarde, a Blockbuster faliria e a Netflix se tornaria a empresa mais valiosa do mundo.

Reconheça o protagonismo do propósito

Conhecer o propósito dos negócios explica o porquê de eles serem bem-sucedidos. Embora seja uma marca associada a chocolates finos, o propósito da Cacau Show é a experiência. Isso é mais importante até que a qualidade e explica o impulso de consumo de vários dos clientes. Outro exemplo é o da fintech Nubank, fundada em 2013.

Hoje, a marca já vale mais do que o sólido Banco do Brasil, com seus mais de 200 anos de fundação. Esse crescimento é associado a um propósito consistente: combater a baixa bancarização do Brasil. Algumas pessoas usam até as crises no seu próprio segmento como oportunidades para explorar um propósito criativo.

É o caso Ole K. Christiansen, que sofreu ao ver o mercado de carpintaria ruir devido à crise de 1929. Mas ao perceber que as pessoas continuavam a comprar brinquedos, mesmo apertadas, começou a produzir itens de montar simples de madeira com o propósito de suprir a demanda desse público. Depois, o empreendedor fundaria o que se tornaria a valiosa marca Lego.

Vamos fugir da média?

Em alguns momentos da jornada, é preciso usar a positividade e a resiliência como apoio para a superação. William Kamkwamba sofreu com a fome da África na infância e tinha poucas condições para crescer em Malawi. Mas graças ao seu autodidatismo, aprendeu física básica por meio de um livro e construiu um protótipo de moinho de vento para trazer energia ao país.

Em Malawi, a maior parte da população não tinha acesso a energia elétrica. Outro exemplo é o de Bart Weetjens, o engenheiro belga que criou uma ONG especializada em treinar ratos para localizar minas terrestres em Moçambique. O país era pouco seguro até a atuação do engenheiro. Para o autor, é possível se tornar fora da média ao seguir os “5Ps”:

  • “propósito”, que envolve a pulsação do seu porquê;
  • “pioneirismo”, que depende de uma mente inquieta e de originalidade;
  • “pense e faça”, que passa pelo foco na ação;
  • “performance”, que se baseia em desafios pessoais para entregar algo fora da média;
  • “pessoas”, que explora a necessidade de pessoas que enriquecem suas ações.

Propósito

Os protagonistas do mercado só conquistaram uma posição de destaque porque cultivaram um propósito forte. É o caso de Elon Musk. Depois de fundar e vender o PayPal, o empreendedor ficou multimilionário. Só que isso não o fez abandonar seu propósito. 

Elon Musk cultivou o propósito de criar uma nova categoria de veículos elétricos e chegou a alcançar o patamar de homem mais rico do mundo ao concretizar essa visão na Tesla. Steve Jobs é um outro exemplo. Com o propósito de expandir a concepção de tecnologia das pessoas, inovou ao lançar fenômenos como o iPod e o iPhone. Mesmo empresas mais antigas se popularizaram com um propósito visionário.

A Disney surgiu em 1923 com uma filosofia de criar felicidade no público. A ideia de Walt Disney, seu fundador, se perpetua até hoje. O autor ainda conta um exemplo pessoalmente conhecido. A Salesforce, fundada em 1999, tem um propósito humanitário e doa 1% de seu lucro a entidades sem fins lucrativos. Inovou ao introduzir no mercado os softwares SaaS.

Pioneirismo

Já passamos da metade do microbook e o autor nos apresenta a importância do pioneirismo, a característica dos que expandem os limites da originalidade e quebram as regras. São eternamente inconformados e enfrentam o movimento contrário. Às vezes, entram em confronto por tentarem melhorar as coisas. Os mecanismos do cérebro nos fazem buscar sempre o caminho mais econômico para nossa energia mental.

A neurociência mostra que tendemos a concordar com a opinião do grupo, mesmo quando esta é abertamente incorreta. Só que os inconformados desafiam isso e não seguem a própria inclinação biológica. Se o cérebro limita a motivação para novos desafios, os fora da média lutam contra sua tendência natural. O primeiro passo para buscar o pioneirismo é confrontar a si e sair da zona de conforto.

Para ser pioneiro, você vai precisar desconstruir muitas crenças, ideias e processos. Aqui, a persistência nas próprias ideias e visões conta. Os pioneiros frequentemente têm um leque variado de conhecimentos, contando com uma visão mais completa para a originalidade.

Pense e faça

“Pense e faça” é o princípio por trás da execução das boas ideias. Para o autor, é importante pensar e fazer rápido, sem se perder na inércia. Nos anos de 1990, a Nokia se destacou no segmento dos celulares. Era líder de mercado, apostando em uma estrutura consolidada. 

Quando se manteve na inércia das poucas inovações, perdeu mercado para empresas como a Apple e o público se queixou da falta de um sistema operacional. A empresa foi vendida para a Microsoft alguns anos depois. A Xerox é outra marca que se destacou com invenções, como o primeiro computador com interface gráfica. Só que embarcou na inércia e perdeu a liderança de mercado. 

Quando as pessoas agem rapidamente, conseguem bons resultados. É o caso de Bertha Benz, esposa de Karl Benz, o pai do automóvel. Ela se tornou a primeira mulher motorista da história ao testar o protótipo do marido em uma viagem secreta de 100 quilômetros. Isso tornou possível fundar o que se tornaria a Mercedes-Benz.

Performance

Embora a motivação seja importante, os ingredientes essenciais da performance são a disciplina e o foco. Isso acontece porque a motivação oscila. Há dias em que estamos extremamente motivados e há dias em que não estamos. Já a disciplina e o foco, quando bem trabalhados, não falham. Com esses dois ingredientes, deixamos de depender de uma motivação oscilante ou de um esforço extra.

Personalidades como Michael Jordan e Cristiano Ronaldo revelam a importância desses fatores na busca por ser muito acima da média. O astro Bruce Lee ilustrava essa ideia quando dizia não temer o lutador que praticou milhares de chutes diferentes, mas sim o que praticou o mesmo chute milhares de vezes.

O próprio autor conta como, para alcançar a carreira de executivo de sucesso, precisou acordar antes das quatro da manhã para viajar a trabalho. Só que a disciplina não precisa vir de uma vez. É um erro se comparar aos outros. Para o autor, se você está sendo um pouco melhor a cada dia, está no caminho certo.

Pessoas

As empresas que conseguem manter pessoas engajadas na sua cultura costumam ser mais bem-sucedidas. É o caso da Zappos, que conta com um modelo criativo para avaliar se as pessoas contratadas se alinham com seu propósito. Após o treinamento, os novos funcionários são surpreendidos com a proposta de uma quantia específica de valor para sair da empresa.

Apenas os que não se interessam unicamente pelo dinheiro ficam. A Netflix é outro exemplo de uma implementação bem-sucedida de cultura empresarial. A marca prioriza poucos funcionários, selecionando cirurgicamente os melhores disponíveis. Se os melhores estão ao seu lado, você não precisa se preocupar com a qualidade. Só que uma empresa com boa cultura e produto não tem importância se não for descoberta pelo consumidor.

O autor relembra a história da primeira máquina de fatiar pães do mundo. O norte-americano Otto Rohwedder patenteou sua invenção, mas investiu pouco na divulgação. O pão caiu no gosto do consumidor apenas duas décadas depois, graças ao investimento em marketing da marca Wonder Bread.

Elimine o seu 1,40 metro

O ônibus espacial, com sua tecnologia extremamente avançada, depende de dois foguetes auxiliares para levantar voo. Os engenheiros que os projetou originalmente queriam que fossem mais largos, mas a distância entre os trilhos das ferrovias que transportam os foguetes medem apenas 1,40 metro. Essa é a medida padrão dos Estados Unidos.

Isso fez com que um dos projetos mais avançados do mundo fosse limitado por uma restrição logística trivial. Essa limitação existe apenas porque os ingleses que construíram as primeiras ferrovias no país usavam a antiga medida de distância dos eixos do Império Romano, desenvolvida apenas porque era larga o suficiente para acomodar o traseiro dos cavalos nas carroças.

O autor chama essa tendência de se manter em padrões datados de “padrões de 1,40 metro”. Às vezes, não buscamos entender o porquê de restrições antigas, nos limitando a elas. O comodismo nos impede de refletir sobre os padrões, prejudicando o sucesso de projetos promissores. As mudanças são postergadas porque geram incômodos.

Re-evolução

Nem sempre a mudança precisa ser mirabolante. Às vezes, a solução envolve apenas uma evolução gradual. O designer de equipamentos Doug Dietz criou uma máquina de ressonância magnética eficiente. Só que as crianças tinham medo de sua criação e não tinham coragem de fazer o exame. Por isso, o designer liderou um projeto de modernização.

A tecnologia não mudou, mas as salas de ressonância trocaram as cores brancas e frias das paredes por convidativos desenhos do fundo do mar. A aparência da máquina copiou a de um submarino, encorajando os pequenos pacientes a se aventurarem. Uma mudança simples, porém criativa, aconteceu também na ala neonatal de um hospital do Reino Unido.

A gestão do hospital convidou a equipe de pit stop da escuderia Williams de fórmula 1 para descobrir o que poderia ser feito para agilizar a ressuscitação de bebês. Os profissionais das pistas fizeram ajustes nos carrinhos que levavam os equipamentos e implementaram procedimentos para tornar os deslocamentos tão rápidos quanto os que acontecem nos boxes das corridas, uma contribuição com potencial para salvar várias vidas.

Notas finais

Não é uma missão impossível fugir da média e ir muito além das expectativas. Os exemplos são públicos e personalidades como Steve Jobs e Ole K. Christiansen podem nos inspirar a chegar longe com propósito, pioneirismo, ação, performance e pessoas de valor.

Dica do 12min

Carlos Busch mostrou os exemplos de quem se tornou um protagonista da sociedade e se destacou da concorrência. Se você quer conhecer um relato pessoal do sucesso, o fundador do China in Box, Robinson Shiba, revela no microbook “Sonhos in box”, disponível aqui no 12 min.

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Quem escreveu o livro?

Carlos Busch é executivo com carreira em multinacionais da tecnologia da informação e escreve para o MIT Technology Review Brasil. É formado e... (Leia mais)

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